sábado, 5 de novembro de 2016

Demonstração de desenho e pintura a Giz pastel seco.

Retrato a giz pastel seco.





O giz pastel seco é um material de fácil manuseio que combinado com papéis coloridos geram uma arte de excelente acabamento, pode ser usado como estudo para um trabalho em progresso ou arte final.

Existe também o lápis pastel, eu utilizo junto com o giz e recomendo a marca Conté. Neste vídeo, a cor do papel marrom já é reservada para a maior parte das sombras e semi-tons, além de criar um efeito dramático. Em comparação com a pintura a óleo, a cor do papel se assemelha a imprimatura, que foi tema do post anterior.

 Ao finalizar a arte é necessário fixar com verniz em spray, já que este material não contém aglutinante suficiente para aderir no suporte, outra opção é emoldurar com vidro para proteger  a superfície,

No vídeo, desenhei a composição geral com lápis pastel Conté, preenchi as sombras do cabelo, as principais luzes com "cores" cinzas, intensifiquei as luzes quentes e sombras mais escuras; realcei as cores, os semi-tons e por fim, os detalhes.


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Pintura a óleo em camadas - Método indireto

Dentre os mais diversos materiais já utilizados na história da arte, a pintura a óleo se destaca devido a facilidade de manuseio, tempo de secagem facilmente controlado, espessura da tinta, textura etc.

Para tanto, o pintor precisa controlar os tons, os matizes e os valores de saturação. Existe, basicamente, duas maneiras de pintar á óleo: o método direto e indireto.

O método direto consiste em construir uma paleta conforme o estilo do artista e o resultado a ser alcançado, em seguida, pintá-se diretamente sobre o suporte, que pode ser uma tela ou painel de madeira devidamente preparados.

Já o método indireto, que será assunto deste artigo, requer um planejamento por etapas ou camadas onde a pintura de baixo deve estar totalmente seca para receber a próxima camada. Um desenho preliminar é necessário, geralmente feito a carvão, este primeiro desenho é chamando em inglês de underdrawing, nele pode ser demarcado as áreas de luz e sombra (sombreado) ou somente contorno simples.

Alguns pintores preferem trabalhar sobre uma imprimatura, nome dado à primeira e fina camada de tinta aplicada sobre o suporte. No passado era comum o uso de cores terrosas para esta etapa. Muitos pintores do Barroco utilizaram marrom escuro ou preto. O grande mestre da pintura Caravaggio fazia uso da imprimatura marrom, e por cima dela, pintava as luzes reservando o marrom de base para a maioria das sombras.

Ao longo dos anos os pintores desenvolveram diversos modos de pintura indireta, este conhecimento era passado de mestre para discípulo ou compartilhado entre os membros das academias de Arte.

Para exemplificar, pintei um retrato onde utilizei o método indireto. A pintura a seguir é um underpainting, ou seja, primeira pintura, nela contém as principais informações visuais para prosseguir com as camadas superiores de tinta.

Resumidamente as etapas utilizadas foram:

1º Imprimatura marrom castanho, 2º Desenho, 3º Pintura de base monocromática e cinzas, 4º cores diretas e veladuras.


Underpaiting - Retrato de Juliana Mafra.

Na pintura de base monocromática, eu criei alguns tons da mesma cor terra diluída com uma mistura de terebintina e óleo de linhaça e esperei secar. Em seguida, entrei com o "Grisaille", nome dado a pintura em tons de cinzas, que neste caso tem como objetivo controlar a saturação, isto é, cria-se alguns valores que partem da cor neutra à viva, do cinza ao marrom; para esta etapa misturei preto, branco e a cor terra da etapa anterior.



Retrato finalizado de Juliana Mafra.


Por cima do underpainting vem as cores e é possível aplicá-las de modo direto ou em finas camadas (veladura). Eu optei por veladuras nas sombras e tinta opaca nas luzes.



domingo, 2 de outubro de 2016

Pintura de observação

Desenhar e pintar ao ar livre é uma experiência prazerosa, mas para registrar aquilo que vemos requer algum método de observação, alguma habilidade e sensibilidade pessoal.

 Para a Arte figurativa é preciso cuidar das relações de contrastes. Eu costumo separar esses valores de contrastes em três etapas: tonal (claro e escuro / luz e sombra); matiz (as cores e suas relações, cores análogas e complementares); saturação (cores vivas e neutras). Pretendo esclarecer mais detalhadamente este raciocínio em postagens futuras.

Fiz muitas pinturas em parques das cidades da grande São Paulo e vou compartilhar minhas experiências. A seguir, algumas das minhas pinturas ao ar livre.



 Parque Guapituba, Mauá-SP - aquarela.


"Canto Claro" Parque Guapituba Mauá-SP - aquarela


Parque Guapituba Mauá-SP - aquarela


Parque Guapituba, Mauá-SP - aquarela


Sítio da Ressaca, Museu da cidade Jabaquara, São Paulo-SP - aquarela


Parque Celso Daniel, Santo André-SP - pintura a óleo sobre papelão preparado.